A leitura sempre foi uma paixão. Desde criança, eu me perdia nos livros, viajando em histórias — de revistas em quadrinhos a romances. Passear em livrarias faz parte desse encantamento: olhar as prateleiras sem pressa, rever títulos conhecidos, descobrir novidades que entram para a lista de desejos.

Às vezes, saía de mãos vazias para não aumentar a pilha dos não lidos; outras vezes, voltava feliz com um novo companheiro de jornada.

Depois da maternidade, esse ritual ganhou uma nova camada: muitos minutos agora são dedicados às estantes infantis. Um prazer à parte — e também um desafio no quesito “não comprar livros demais”.

No último fim de semana, fomos em família a uma livraria aqui no México. Primeiro exploramos a parte infantil e, depois, segui para a seção de desenvolvimento pessoal e psicologia, minhas paixões. Estava empolgada: era a primeira vez que eu fazia esse passeio desde que mudamos de cidade.

E então, um choque: encontrei o livro que estou lendo, reconheci o nome do autor, mas a capa era completamente diferente. Outras cores, outro título — não apenas traduzido, mas transformado em sentido.

Por alguns segundos fiquei desorientada. Era o mesmo livro… mas não era.

Essa sensação me fez pensar sobre as transições de vida.

Quando a vida muda de capa

Durante o puerpério, um simples banho pode carregar angústia, pressa, a impressão de ouvir um choro imaginário. O que antes era rotina vira algo estranho.

Ao retornar da licença-maternidade, o trabalho pode soar libertador, até um descanso para algumas mulheres. Mas também pode revelar que certos temas parecem pequenos diante da profundidade que a maternidade trouxe.

Mudar de emprego pode significar reaprender: o novo chefe talvez não exija o mesmo nível de detalhe, e é preciso rever como apresentar informações. Subir a um cargo de gestão significa deixar de fazer tudo sozinha e aprender a realizar através dos outros.

Escolher uma transição de carreira pode trazer uma nova relação com o tempo: fora do corporativo, ele corre de outro jeito. O trabalho pode acontecer em momentos pouco convencionais — como durante a aula de natação do filho, entre uma espiada e outra para a piscina.

Mudança x Transição

É como olhar para uma capa diferente de um livro que já conhecemos. O conteúdo pode estar lá, mas precisamos nos abrir para uma nova forma, uma nova linguagem.

A transição pede tempo, presença e disponibilidade interna.

Quanto tempo dura o estranhamento?

Tudo depende de como estamos preparados para integrar o novo.
É nesse espaço que aprendemos a dizer menos “isso ou aquilo” e mais “isso e aquilo”.

Reconhecemos que, apesar da capa ter mudado, seguimos capazes de ler, aprender e até nos encantar de novo.

Acompanhar transições de vida com afeto

Na BienViver, caminho ao lado de mulheres que estão em processos de mudança e transição — de país, de carreira, de maternidade, de vida.

Assim como numa livraria, podemos olhar juntas para novas capas, novos livros, novas histórias. E encontrar nelas a sua potência e a sua verdade.

✨ Qual livro vamos abrir juntas?

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